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Arquitetos: ABARI
- Área: 600 m²
- Ano: 2024
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Fotografias:Chemi Dorje Lama
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro de Meditação Mahamudra está situado no topo de uma montanha isolada, a cerca de uma hora de Katmandu. Pode ser alcançado a pé ou por um veículo off-road durante as condições de clima seco. O centro é criação de um Chogyal Rinpoche, jovem mestre budista tibetano, portador de uma linhagem esotérica do budismo que remonta ao século XII. Ele acredita que chegou a hora das pessoas comuns terem acesso ao conhecimento que até então era protegido pelos Mestres tibetanos. Ele imagina um lugar de aprendizado onde as pessoas possam acessar não apenas a sabedoria esotérica, mas também onde até a arquitetura e os arredores naturais irradiem um senso de espiritualidade.
O Mahamudra é composto por seis camadas de telhado sustentadas por bambu artesanal, formando uma treliça semelhante a uma mandala, que tem 16 metros de altura, tornando-se uma das estruturas de bambu mais altas do Sul da Ásia. As paredes são feitas utilizando terra compactada, que respira assim como os meditadores em seu interior.
A estrutura tem um layout quadrado, e seu alto telhado de cobre é projetado para canalizar simbolicamente a energia para cima, em direção ao céu. As janelas estão estrategicamente situadas em um ângulo meticulosamente calculado e acentuadas com perfurações para que o piso do salão de meditação seja banhado pela luz solar quente com diferentes intensidades ao longo do dia.
Da mesma forma, no mesmo centro, o refeitório é construído com bambu curvo e paredes de taipa. O bambu enrolado parece encapsular os meditadores para mantê-los seguros do clima rigoroso da montanha e do terreno da região. As paredes da acomodação são isoladas com lã de ovelha e rebocadas com terra, criando um refúgio salubre para os meditadores que passam dias nesta montanha solitária.
Todas as estruturas são construídas usando materiais de origem local, como bambu e terra, que têm impacto ambiental mínimo. Na verdade, criamos uma plantação de bambu ao longo de uma margem de rio degradada — não apenas revitalizando o ecossistema ribeirinho, mas também garantindo um suprimento sustentável de bambu de alta qualidade para nossas necessidades. É um exemplo convincente de um sistema ecológico regenerativo que beneficia tanto as pessoas quanto o planeta.
